sábado, 1 de outubro de 2011


Andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual a perda da morte. Só que dói mais.  
Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro;  mas a morte é inevitável, portanto, normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo, há então uma morte anormal." O NUNCA MAIS " , de não ter quem se ama, torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo. "


Caio Fernando Abreu

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