Escrever não é um dom, é uma necessidade. Necessidade essa que ocorre naturalmente, involuntariamente ou por um querer desesperado de sair da realidade óbvia do dia a dia e flutuar livremente no abstrato da alma. É viver segundos eternos de faz de conta! Aritana B.G.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Uma lembrança: capa de chuva _ Aritana B.G.
Ontem à noite, ouvindo a chuva cair, lembrei de quando eu ia para a escola embaixo de uma chuvarada, e da capa de chuva que eu precisava usar. E detestava, vale lembrar. Bem, acho que nenhuma criança gosta.
Mas voltando ao assunto, não sei pq diabos fui me lembrar justo disso!
Me dei conta de que há tempos não vejo uma criança usando uma capa de chuva.
Foi então que eu senti uma saudade imensa! Saudade dos meus 'coleguinhas', saudade da velha escola, mas principalmente, saudade da minha mãe me ajudando a pôr minha capinha de chuva azul.
Bons tempos aqueles.. os mesmos que eu detestava anos atrás. E sabe, também senti falta da pureza da infância, onde aqueles dias chuvosos davam a ideia de que durariam para sempre.
É incrível a mente humana! A capacidade que temos de nos lembrar de coisas tão remotas, a partir de um gesto, de um cheiro.. ou mesmo pelo barulho da chuva, que diga-se de passagem, é sempre inspirador.
:)
sábado, 1 de outubro de 2011
Caio F. Abreu
" Durante algum tempo, fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas, como se elas me solucionassem. Não solucionaram"
"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis "
" Não fosse amor, não haveria desejo, nem medo da solidão. Se não fosse amor, não haveria saudade, nem o meu pensamento, o tempo todo em você "
" Nós continuávamos resistindo, mas às vezes penso que viver não deve ser apenas isso, segurar a barra "
"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis "
" Não fosse amor, não haveria desejo, nem medo da solidão. Se não fosse amor, não haveria saudade, nem o meu pensamento, o tempo todo em você "
" Nós continuávamos resistindo, mas às vezes penso que viver não deve ser apenas isso, segurar a barra "
Caio F.A.
" Me traz vc, por favor, e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto vc não chega."
C.F.A.
" Seja menos burro com você mesmo, não derrame mais nenhuma lágrima e não perca mais nenhum segundo."
C.F.A.
" Aquilo que é bom e de verdade, e forte, e importante - coisa ou pessoa - na sua vida, isso não se perde."
" Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei."
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
" As pessoas suportam tudo, as pessoas às vezes procuram exatamente o que será capaz de doer ainda mais fundo, o verso justo, a música perfeita, o filme exato, punhaladas revirando um talho quase fechado, cada palavra, cada acorde, cada cena, até a dor esgotar-se autofágica, consumida em si mesma, transformada em outra coisa que não saberia dizer qual era."
Caio Fernando Abreu
Caio F. Abreu
" Comece, ironicamente, seguindo o conselho de quem deixou de te amar: Cuide de você. "
" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência. "
Caio Fernando Abreu
" Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos.
Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente, e olhe pra ele.Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto.
sofrer dói.
Dói e não é pouco.
Mas faz um bem danado, depois que passa.
Mas agora, com sua licença, não dá mais para ocupar o mesmo espaço.
Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora me chama.
Caio F. Abreu
Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente, e olhe pra ele.Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto.
sofrer dói.
Dói e não é pouco.
Mas faz um bem danado, depois que passa.
Mas agora, com sua licença, não dá mais para ocupar o mesmo espaço.
Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora me chama.
Caio F. Abreu
Aritana B.G.
Ah, como eu queria que tantas coisas acontecessem!
Mas não basta querer. Precisa-se de um pouco de sorte..
" Andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual a perda da morte. Só que dói mais.
Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro; mas a morte é inevitável, portanto, normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo, há então uma morte anormal." O NUNCA MAIS " , de não ter quem se ama, torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo. "
Caio Fernando Abreu
" Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas… Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. "
Caio Fernando Abreu
" Eu preciso muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor. Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mais que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso deixar a casa vazia para receber a nova mobília. Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração. Demolir as ruínas e construir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo. "
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
" Não se concentre tanto nas minhas variações de humor, apenas insista em mim. Se eu calar, me encha de palavras, me faça querer dizer outra e outra vez sobre você, sobre nós, e todo esse amor. Se eu chorar, não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, mas que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Porque é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro. Não é? "
(Caio Fernando Abreu)
C.F.A.
" Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo.
Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri.
Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias a fora. E ninguém vê que estou morto. "
Caio F. Abreu
" Venha quando quiser. Ligue, chame, escreva.
Tem espaço na casa e no coração. Só não se perca de mim."
C.F.A.
" É fácil morrer. A toda hora, em tds os lugares, a morte está se oferecendo. Mais difícil é continuar vivendo.
Eu continuo. Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer, e ainda não sei o que será."
Nunca tive, e ainda não tenho, a percepção do sentimento da minha identidade pessoal. Apareço perante mim mesmo, como um lugar onde há coisas que acontecem, mas não há o 'Eu', não há o 'mim'. Cada um de nós é uma espécie de encruzilhada, onde acontecem coisas. As encruzilhadas são puramente passivas;há algo que acontece nesse lugar. Outras coisas igualmente válidas acontecem noutros pontos. Não há opção : é uma questão de probabilidades." (Claude Lévi-Strauss)
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